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Vaga não se vende!

Numa sociedade cada vez mais renhida e competitiva, conseguir o primeiro emprego é dificultado pela exigência de experiência profissional acumulada e pela graduação massiva de desempregados instruídos. Nesta busca incisiva, esbarrar com a oferta de um emprego é sempre algo desejável, mesmo que esta não tenha nada a ver com a área de formação do candidato (sub-emprego).

Recentemente, acompanhei uma reportagem que dava conta da existência de esquemas de ‘’burla’’ de emprego no circuito nacional, precisamente na Cidade de Maputo, composto por grupos de indivíduos que aparecem a oferecer vagas de emprego que não correspondem a realidade. São indivíduos que aproveitam-se do desespero de vários jovens para tirar o pouco que possuem através da oferta de vagas utópicas.

Concretamente, são esquemas que se caracterizam pela solicitação de altos valores monetários para que tal vaga se efective, o que nunca chega a suceder. Na rede social (facebook) não são poucos os grupos públicos que se intitulam de ‘’Vagas de Emprego em Moçambique’’, mas a sua verdadeira missão é enganar as pessoas e nada mais.

Por exemplo, em 2016 tive um amigo ‘’burlado’’ nesses esquemas e nunca chegou a reaver o seu valor. Penso que é extremamente perigosa esta realidade, apelando-se verdadeiramente para uma intervenção vigorosa de quem de direito com vista a estancar este cenário.

Ainda no ano passado, soube da iniciativa do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social designada ‘’Vaga não se vende’’, mas a mesma só tinha a duração de um mês, o que para mim devia ser um trabalho continuado e mais incisivo por forma a evitar que se precarize ainda mais o sector.

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Caros amigos, certifiquem-se de qualquer anúncio de emprego antes de submeter a vossa documentação ou tentativa de envio de valores monetários, ”salvem-se e ajudem a salvar os outros”.