No dia 7 de Setembro fiquei boquiaberto com as declarações do secretário-geral da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN) (ver vídeo) (ver estatuto da ACLLN), Fernando Faustino, que em viva voz pediu ao Presidente da República ARMAS para de uma vez por todas “acabar” com a Renamo e Dhlakama. No meu entender estas declarações tem três significados, a saber:
1. O secretário-geral da ACLLN passou um certificado de incompetência às Forças de Defesa e Segurança (FDS), pois, se partirmos do princípio que são as FDS que combatem em Gorongosa e em outros pontos contra a Renamo, então estes (FDS) não estão a conseguir nada, daí o clamor veemente de pedido de armas por parte da ACLLN para mostrar às FDS “como se faz trabalho”. Tanta maldade contra as FDS, visto que no próximo dia 25 de Setembro comemoramos o dia da Forças Armadas;
2. A Frelimo pode se tornar um partido (também) armado, ou seja, partindo do princípio que a ACLLN é um dos braços da Frelimo e as declarações do seu secretário-geral são em parte também da Frelimo, então aquele pedido pode fazer da Frelimo igual a Renamo, e assim teríamos dois partidos oficialmente armados. Contudo, o caricato disto é que a Frelimo vive diabolizando a Renamo em razão deste possuir armas;
3. O diálogo não é a via que os nossos políticos querem para a Paz em Moçambique, visto que o pedido do secretário-geral da ACLLN é um claro sinal de que o diálogo já não serve e se isto surge dentro do partido Frelimo então esta é também a posição do Governo do dia.